Tudo bem com vocês?
O pecado não é algo instantâneo, é sempre
precedido pela tentação e pelo processo de
reagirmos a ela. Ou seja , ser tentado não é pecado. E toda
tentação pode ser vencida, por isto, todo pecado pode ser
evitado. Não podemos de maneira alguma fazer da tentação um
pretexto para o pecado.
“… cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.” Tiago 1:14 e 15
A tentação não está obrigatoriamente ligada
a pecaminosidade. Tanto Adão quanto Jesus não possuíam pecado e
ambos foram tentados: Adão cedeu à tentação, enquanto Jesus
mostrou que podemos vencê-la.
É muito importante entendermos também o que é
o pecado. Acredito que estaríamos sendo muito
superficiais e até mesmo injustos definindo o pecado simplesmente
através de uma lista legalista de “não podes”.
Vamos, portanto, estabelecer a definição de
pecado a partir do nosso relacionamento com os nossos sentimentos
e desejos juntamente com o respectivo efeito colateral disto, ou
seja, “quem governa quem?” Governamos nossos desejos ou nossos
desejos nos governam, ou melhor, nos desgovernam?
Paulo aborda esta questão de uma maneira muito
clara:
“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convém: todas as coisas me são lícitas; mas eu não me deixarei dominar por nenhuma”. (I Co 6:12)
Portanto, pecado é o resultado de falharmos
diante deste conflito: dominamos sobre nossos desejos e
sentimentos ou somos dominados?
Os três desejos
básicos
Existem três desejos básicos que Deus colocou
no homem. “Existem três desejos básicos – nem mais, nem
menos que três. Eva foi tentada nestes três desejos básicos: O
desejo de ter prazer nas coisas, o desejo de obter coisas e o
desejo de realizar coisas”
“Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer (1), agradável aos olhos (2), e árvore desejável para dar entendimento (3)…” (Gn 3:6)
“Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne (1), a concupiscência dos olhos (2) e a soberba da vida (3), não é do Pai, mas do mundo”, (1 Jo 2:16)
Devemos ressaltar que a palavra
“concupiscência” significa apenas um desejo
forte, uma propensão ou inclinação acentuada. Poderíamos dizer
que o processo da tentação se dá em quatro fases quase que
simultâneas:
É expresso nas palavras:
“Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer” (Gn
3:6). Diz respeito ao desejo de “Obter satisfação”.
É um desejo legítimo, dado por Deus. Tem a ver com as
nossas necessidades como ser humano. Ex: apetite alimentar, sono,
prazer sexual, aceitação (conforto emocional), etc.
A tentação reside numa instigação feita ao
homem para que ultrapasse os limites estabelecidos pela palavra de
Deus. O resultado seria glutonaria, bebedice, preguiça,
fornicação, lascívia, manipulação, etc. Aqui se aplica o
conceito de carnalidade, que nada mais é que a idolatria do
desejo de obter satisfação.
2. Concupiscência
dos olhos
É apresentado nas palavras:”… agradável
aos olhos…” (Gn 3:6b). Este é um outro desejo legítimo
concedido
por Deus, de se “adquirir coisas”, o desejo de aquisição,
relacionado com necessidades exteriores ao nosso corpo, coisas que
almejamos conseguir. Existe um toque muito forte de realização
neste desejo. Nós podemos querer ter coisas, mas não
devemos querer nada que Deus também não queira para nós. Só
na vontade de Deus, vamos experimentar o que verdadeiramente é
bom, perfeito e agradável (Rm 12:2). Por isto é tão cabível a
admoestação de Paulo: “Pelo que não sejais insensatos,
mas entendei qual seja a vontade do Senhor (Ef5:17).
Quando queremos muito, despertamos em nós uma
ambição que pode ser implacável e destrutiva. E este desejo
pode crescer tanto, vindo a dominar-nos através da inveja,
ciúmes, roubo, homicídio, etc.
3. Soberba da
vida
Expresso nas palavras seguintes: “e arvore
desejável para dar entendimento’ (Gn 3:6c). Este
é mais um desejo legítimo, concedido ao homem por Deus, de saber
e fazer. É importante querermos realizar alguma
coisa, adquirir conhecimento, ser alguém, ter criatividade. Mas,
aqui também precisamos nos afinar com a palavra de Deus.
A tentação reside no fato de abandonarmos os
planos de Deus e agirmos por conta própria. Alguns pecados nesta
área seriam: auto-afirmação, orgulho, superioridade,
inferioridade, competição, etc.
É muito comum vermos pessoas fazendo a obra de
Deus sem Deus, por causa disto.
Resumindo, somos tentados em 3 áreas!
É indispensável desenvolvermos uma habilidade
espiritual de resistir à tentação. Quanto mais resistimos à
tentação mais imunidade adquirimos em relação àquela área. A
mente é o campo de batalha, por isto precisamos bombardear os
pensamentos de tentação com verdades vivas da Palavra de Deus
como Jesus fez com o diabo.
Para isto acontecer na prática, é
indispensável uma vida devocional diária. Um relacionamento
responsável com Deus na Palavra e na oração redunda numa vida
plena de discernimento espiritual e domínio próprio.
Tá, mas você pode estar pensando: “ninguém
entende as tentações q eu passo” ou “ninguém passa pelo que
eu passo”.
Será? Semana que vem vamos continuar o
assunto!
obs: baseado no livro “A face oculta do
amor”, do escritor Marcos de Souza Borges. Reorganizei algumas
ideias e inclui outras. Achei muito legal a forma como o autor
trata dessas questões e resolvi compartilhar com vocês!
Abração meninas!
Que Deus os abençoe!
Agora que já estudamos um pouco do que é a tentação, do que é o pecado, as áreas em que somos tentados e que Jesus também foi tentado, resta a pergunta: o que fazer? O que fazer quando aparece a tentação?
A
tentação nunca vai ter aparência de algo ruim, mas sim o
disfarce de algo bom. (A maçã vem disfaraçada!).
Mas como resistir as tentações?
Bom, vc já viu que Jesus passou pelas mesmas
coisas que vc! Então, por que vc não pede ajuda a Ele?
JESUS FOI TENTADO
E AGORA É NOSSO AJUDADOR
Então, corre pra Palavra e sublinha esses
versículos:
a)
Jesus
ora pelos que são tentados (Lc 22.31-32)
Jesus continuou: -Simão, Simão, escute bem! Satanás já conseguiu licença para pôr vocês à prova. Ele vai peneirar vocês como o lavrador peneira o trigo a fim de separá-lo da palha. Mas eu tenho orado por você, Simão, para que não lhe falte fé. E, quando você voltar para mim, anime os seus irmãos.
b)
Ajuda aos que são tentados (Hb 2.17-18)
Isso quer dizer que foi preciso que Jesus se tornasse em tudo igual aos seus irmãos a fim de ser o Grande Sacerdote deles, bondoso e fiel no seu serviço a Deus, para que os pecados do povo fossem perdoados. E agora Jesus pode ajudar os que são tentados, pois ele mesmo foi tentado e sofreu.
O nosso Grande Sacerdote não é como aqueles que não são capazes de compreender as nossas fraquezas. Pelo contrário, temos um Grande Sacerdote que foi tentado do mesmo modo que nós, mas não pecou. Por isso tenhamos confiança e cheguemos perto do trono divino, onde está a graça de Deus. Ali receberemos misericórdia e encontraremos graça sempre que precisarmos de ajuda.
d)
Salva aos que lhe obedecem (Hb 5.8-9)
Embora fosse o Filho de Deus, ele aprendeu, por meio dos seus sofrimentos, a ser obediente. E, depois de ser aperfeiçoado, ele se tornou a fonte da salvação eterna para todos os que lhe obedecem.
e)
Intercede por nós (Hb 7.25)
E por isso ele pode, hoje e sempre, salvar os que vão a Deus por meio dele, porque Jesus vive para sempre a fim de pedir a Deus em favor deles.
f)
Guarda os fiéis na hora da tentação (Ap 3.10)
Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.
g) Ele
venceu! E a vitória é certa (Jo 16.33)
Eu digo isso para que, por estarem unidos comigo, vocês tenham paz. No mundo vocês vão sofrer; mas tenham coragem. Eu venci o mundo.
Então! Pede ajuda a Jesus, Ele entende o que
vc tá passando! Mas vc também precisa fazer a sua parte.
Se um dos seus olhos faz com que você peque, arranque-o! Pois é melhor que você entre no Reino de Deus com um olho só do que ter os dois e ser jogado no inferno. (Marcos 9:47)
Gosto da forma como o filme À Prova de Fogo
demonstra essa situação. O marido que não consegue se livrar da
pornografia online, o que ele faz? Apenas não clicar nos sites
não era suficiente. Ele não era forte o suficiente. Então, ele
joga o computador fora. Ótima ilustração desse versículo. Não
o interprete literalmente. Não vá arrancar teu olho! Mas
arrenque as coisas que não te fazem bem. Desligue o computador,
ou o jogue fora. Não compre aquelas revistas. Desligue a tv.
Devemos ser guiados pela Palavra de Deus. Jesus
não resistiu ao diabo utilizando o Seu poder. Antes, Ele se
manteve firme, na Palavra de Deus:
“Guardo no coração as Tuas palavras, para não pecar contra ti” (Salmos 119:11).
Por meio da Palavra de Deus, podemos saber como
Ele deseja que vivamos quando tentados. Isso nos encoraja
bastante, pois nos mostra que a resistência está ao nosso
alcance. Se permitirmos que a palavra de Deus habite em nós,
seremos fortalecidos em nosso interior com o poder necessário
para vencer o maligno (1 João 2:14).
“Porque maior é aquele que está em
vós do que aquele que está no mundo” (1 João 4:4).
Observe os versículos que Cristo citou em
resposta às seduções do diabo. “Não só de pão viverá
o homem” está em Deuteronômio 8:3. “Não tentarás
o Senhor, teu Deus” está em Deuteronômio 6:16. E “Ao
Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto” está
em Deuteronômio 6:13. Todas as três são citações de uma parte
das Escrituras que se inicia com estas palavras: “Ouve,
Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, o
Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de
toda a tua força” (Deuteronômio 6:4-5). Cristo mais tarde
chamou
isso: “O principal de todos os mandamentos” (Marcos
12:29). No deserto, Cristo demonstrou que, embora tentado a pecar
tanto física quanto emocionalmente, mesmo a maior das tentações
pode ser vencida se estivermos completamente comprometidos com
Deus e com a Sua obra. Que o exemplo de resistência de Cristo
sempre nos guie.
obs: baseado nos sites
http://www.adapucarana.org/ e http://www.estudosdabiblia.net/
Uma ótima semana!
Que possamos colocar em prática esse
versículo:
“Guardo no coração as Tuas
palavras, para não pecar contra ti” (Salmos 119:11).
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