sexta-feira, 13 de abril de 2012

Confiança por meio da esponja embebida em vinagre

                A confiança e algo bastante frágil. Difícil de conquistar. Mas fácil de perder. Não é algo que podemos pedir. Ela tem de ser merecida. Jesus sabia disso e em cada detalhe de sua vida e morte ele trabalhou sem descanso para merecer nossa confiança.Até mesmo seu ato final na terra teve a intenção de provar que era digno da nossa confiança.

Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede.
Estava, pois, ali um vaso cheio de vinagre. E encheram de vinagre uma esponja, e, pondo-a num hissope, lha chegaram à boca.
E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.
João 19:28-30


            Este é o fato final da vida de Jesus. Nos ultimos momentos de sua vida terrena, ouvimos o som de um homem sedento. Por intermedio da sede_ pela esponja e pela vazila de vinagre _ele nos disse mais uma vez:  Confiem em mim

             Jesus. Lábios rachados e a boca estéril. A garganta tão seca tão seca que não conseguia engolir, e a voz tão parca que mal conseguia falar. Ele  está com sede. Para lembrar a ultima vez  em que alguma umidade tocou aqueles lábios, será preciso rebobinar doze horas até a refeição no cenáculo. Desde que provou o copo de vinho na Última Ceia, Jesus foi batido, cuspido, machucado e cortado. Ele carregou a cruz e suportou os pecados, e líquido nenhum aliviou sua garganta. Ele tem sede.
              Porque ele não faz alguma coisa a respeito? Ele não poderia? Pois não foi ele que fez vasos de água se tornarem vasos cheios de vinho? Ele não fez o rio Jordão virar um muro e não fez  duas paredes no meio do Mar Vervelho? Não foi ele que, com uma palavra, expulsou a chuva e acalmou a as ondas?

           Porque derramarei água sobre o sedento, e rios sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade, e a minha bênção sobre os teus descendentes.
Isaías 44:3?


           Se sim, então porque Jesus, que é Deus, sofre com a sede?
           E enquanto fazemos está pergunta, há ainda muitas outras. Porque ele ficou cansado na Samaria (João 4:6) e bravo em, admirado em Nazaré ( Marcos 6:6) e bravo no templo ( João 2:15)? Porque ele teve sono no barco do mar da Galíleia( Marcos 4:38)?
          E por que_ por que _ ele tinha sede na cruz?
          Ele não precisava sofrer com a sede, pelo menos não com aquela intensidade. Seis horas antes lhe fora oferecido de beber, mas ele recusou.

E levaram-no ao lugar do Gólgota, que se traduz por lugar da Caveira.
E deram-lhe a beber vinho com mirra, mas ele não o tomou.
E, havendo-o crucificado, repartiram as suas vestes, lançando sobre elas sortes, para saber o que cada um levaria.
Marcos 15:22-24


Por quê? Por que ele se manteve aberto a todos  esses sentimentos? Porque ele sabia que você sentiria o mesmo. Ele sabia que ficaria, cansado, preocupado e irritado. E a verdade que aprendemos com a imagem de um Cristo sedento é esta: ele compreende.

Retirado do livro ele escolheu você

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